sábado, 8 de janeiro de 2011

Prendas e Peões no Dia de Reis

Origem do Dia de Reis
O Natal gaúcho é muito diferente daquele que se vê nos demais estados, onde as comemorações da tradição cristã perderam espaço para a comercialização da data. Também não se limita à tradicional festa de 24 para 25 de dezembro. As comemorações do Natal, em muitas localidades do interior, são marcadas pelos Ternos de Reis, durante os quais grupos musicais anunciam de propriedade em propriedade ou de casa em casa, o nascimento de Cristo. E participam, com as famílias, das orações diante do presépio.
— É uma festividade tradicional, sedimentada nos acontecimentos referidos pela Sagrada Escritura e herança que nos legaram os portugueses — mostra o estudo "Folk Festo e Tradições Gaúchas", uma publicação do Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF).
Como é um Terno de Reis:
Chegando à frente da casa, o Terno faz uma saudação ao dono da residência, em versos, pedindo permissão para cantar e explicando sua chegada ali. Convidado para entrar, o Terno entra na residência e, lá, diante do presépio, ocorre a chamada louvação que, segundo o IGTF, baseia-se nos seguintes temas: anunciação, nascimento, estrela guia, Reis Magos, adoração, oferendas, agradecimento e despedida, em diversas estações.
Essas estações começam nas vésperas do dia 25 de dezembro, prosseguem no dia de Natal; ocorrem ainda de 25 de dezembro a 6 de janeiro e terminam no Dia de Reis .
— O objetivo da visita varia de um terno para o outro; alguns, visam unicamente louvar a memória de Jesus Menino. Outros, visam propiciar aos cantadores uma doce retribuição ao desgaste de suas cordas vocais, através de fartos comes e bebes que os donos da casa nunca se esquecem de oferecer. E, finalmente, há aqueles que, premidos pelas necessidades materiais que muitas vezes afligem nossos trabalhadores rurais, saem "pedindo os Reis", na certeza de que, ao menos no campo, ainda não esqueceram de todas as lições de fraternidade que Cristo legou aos homens de boa vontade — destaca o estudodo IGTF.
Os Ternos de Reis ainda continuam muito populares nas pequenas cidades ribeirinhas, de colonização portuguesa, nos vales do Jacuí, Caí, Gravataí, Sinos, à beira da Lagoa dos Patos e na costa litorânea entre Rio Grande e Torres, além de alguns municípios como Taquara.
Integrantes dos Ternos de Reis: Mestre ou Guia, Ajudante de Mestre, Contramestre, Ajudante de Contramestre, Tipe e Tambor.
Os músicos e componentes dos Ternos utilizam os seguintes instrumentos musicais: gaita, viola, rabeca, tambor, triângulo e, muitas vezes, também o cavaquinho e pandeiro.
Aqui em Encruzilhada do Sul, além das crianças pintadas com carvão, vestidas com as roupas dos adultos, o CTG Sinuelo da Liberdade, através de seu Departamento Cultural, com suas prendas e peões percorrem as casas, com seu Terno, cantando desejando aos donos da casa muita prosperidade, e o nascimento de Cristo.
Esta atividade teve como promotores e organizadores os seguintes:
* Camila Lopes - 1ª Prenda Juvenil do CTG Sinuelo da Liberdade
* Natiele Lopes - 1ª Prendinha do CTG Sinuelo da Liberdade
* Emerson Brocardo - 1° Piá do CTG Sinuelo da Liberdade
* Katiusse Costa - 2ª Prendinha do CTG Sinuelo da Liberdade
* Sabrina Lopes - 3ª Prendinha do CTG Sinuelo da Liberdade
* Daniela Brocardo - Prendinha da 5ª Região Tradicionalista
* Mariana Quevedo - 1ª Prenda Mirim Farroupilha
* Ludmila Alves - 3ª Prenda Infanto-Juvenil 22° FEGAES
* Lorenzo Rodrigues - 1° Piazito do 22° FEGAES
* o peão Welleson Duarte e a prenda Bruna Cardoso
Coordenaram a atividade a Diretora Cultural Cristina Noronha e a Coordenadoras das Invernadas Pré-Mirim e Mirim Neci Kunn e Márcia Lopes.

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